Hardware de
Redes
O hardware de rede de
computadores varia de acordo com tipo de conexão. Assim são formados por cabos,
placas de redes, roteadores, hubs, servidores e outros componentes.
Cabos
Os cabos fazem parte da estrutura física
utilizada para conectar computadores em rede, estando relacionados a largura de banda, a taxa de transmissão, padrões internacionais, etc. Há vantagens e
desvantagens para a conexão feita por meio de cabeamento. Os mais utilizados
são:
Cabos
de Par Trançado:
São
compostos por 4 pares de fios de que, como o nome sugere, são trançados entre
si. Este sistema cria uma barreira eletromagnética, protegendo as transmissões
de interferências externas, sem a necessidade de usar uma camada de blindagem. Para
evitar que os sinais de um cabo interfiram entre si, cada par utiliza um padrão
de entrançamento diferente, com um número diferente de tranças por metro, como
você pode ver na foto. Para potencializar o efeito da blindagem
eletromagnética, as placas de rede utilizam o sistema “balanced pair” de
transmissão, onde, dentro de cada par, os dois fios enviam o mesmo sinal, porem
com polaridade invertida.
Cabos Coaxiais :
São constituídos de 4 camadas: um condutor interno
de cobre que transmite os dados; uma camada isolante de plástico, chamada de
dielétrico que envolve o cabo interno; uma malha de metal que protege as duas
camadas internas e, finalmente, uma nova camada de revestimento chamada de
jaqueta.
Devido a esta blindagem, os cabos
coaxiais (apesar de ligeiramente mais caros que os de par trançado) podem
transmitir dados a distâncias maiores, sem que haja degradação do sinal.
Existem 4 tipos diferentes, chamados de 10Base5, 10Base2, RG - 59/U e RG –
62/U. O cabo 10Base5 é um cabo antigo, usado geralmente em redes baseadas em
mainframes. Este cabo é muito grosso, quase 1 cm de diâmetro e por isso muito
caro e difícil de instalar devido a sua baixa flexibilidade. Outro tipo de cabo
coaxial pouco usado atualmente é o RG62/U, usado em redes Arcnet. Temos também
o cabo RG – 59/U, usado na fiação de antenas de TV. Finalmente, os cabos 10Base2, também chamados
de cabos coaxiais finos, ou cabos de Thinnet, são os cabos mais usados
atualmente em redes Ethernet. São bem parecidos com os cabos os usados em
antenas de TV, mudando apenas a impedância e a cor, os de redes são pretos
enquanto para as antenas são brancos.
Cabos de Fibra
Ótica:
A fibra ótica transmite luz,
por isso é imune a qualquer tipo de interferência eletromagnética. Além disso,
como os cabos são feitos de plástico e fibra de vidro, são resistentes à
corrosão.
Permitem segmentos de até 1 KM, enquanto alguns tipos de
cabos especiais podem conservar o sinal por até 5 KM, distâncias maiores são
obtidas usando repetidores. Mesmo permitindo distâncias tão grandes, as fibras
permitem taxas de transferências na casa dos Terabits, atendendo grandes
demandas de dados. Por não soltarem faíscas, são os mais seguros para ambientes
classificados, como subestações e centrais de controle. São os cabos mais
seguros para transmissões sigilosas.
Possuem alto custo tanto dos cabos quanto das placas de rede e
instalação, que é mais complicada e exige mais material. Por isso, normalmente
usamos cabos de par trançado ou coaxiais para fazer a interligação local dos
micros e um cabo de fibra ótica para servir de Backbone, unindo duas ou mais
redes ou ainda segmentos da mesma rede que estejam distantes. É formado por um
núcleo extremamente fino de vidro ou de um tipo especial de plástico. Uma
espessa camada de fibra de vidro envolve e protege o núcleo. Em seguida temos
uma camada de plástico protetor chamada de cladding, uma nova camada de
isolamento e uma capa externa chamada bainha.
Existem dois tipos, chamados de monomodo e
multimodo. Enquanto o mono transmite apenas um sinal de luz, os cabos multimodo
contém vários sinais que se movem dentro cabo. Ao contrário do que parece, os
monomodo transmitem mais rápido do que os multimodo, pois neles a luz viaja em
linha reta, fazendo o caminho mais curto. Nos multimodo o sinal viaja batendo
continuamente nas paredes do cabo, tornando o sinal mais lento e perdendo sua
intensidade.
Sistema de Cabeamento Estruturado
Para que essa conexão não
atrapalhe o ambiente de trabalho, se feito em uma grande empresa, são
necessárias várias conexões e muitos cabos, assim surgiu o cabeamento
estruturado.
Através dele, um técnico irá poupar trabalho
e tempo, tanto para fazer a instalação, quanto à remoção da rede. Ele é feito
através das tomadas RJ-45 que possibilitam que vários conectores possam ser
encaixados num mesmo local, sem a necessidade de serem conectados diretamente
no hub.
Além disso, o sistema de cabeamento
estruturado possui um painel de conexões, em inglês Patch Panel, onde os cabos
das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um concentrador de tomadas, facilitando
a manutenção das redes. Eles são adaptados e construídos para serem inseridos
em um rack.
Todo esse planejamento deve fazer parte do
projeto do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é pensada de forma a
realizar a sua expansão.
Repetidores
Repetidores estendem os segmentos da rede. Eles amplificam o sinal que
recebem de um segmento e o envia para todos os outros dispositivos conectados.
Há limite para o número de repetidores associados que podem ser usados.
Hubs
É a peça central de uma rede de topologia estrela, recebe os sinais
transmitidos pelas estações e os retransmite para todas as demais. Existem dois
tipos de Hubs, os passivos e os ativos.
Hubs passivos: Funcionam como um espelho,
refletindo os sinais recebidos para todas as estações a ele conectadas. Como
apenas distribui o sinal, sem fazer qualquer tipo de amplificação, o
comprimento total dos trechos de cabos entre os micros, passando pelo hub, não
pode ultrapassar os 100 metros permitidos pelos cabos de par trançado. Desta maneira,
o hub passivo não necessita de energia elétrica.
Hubs ativos: Além de distribuir o
sinal, serve como repetidor, reconstituindo o sinal enfraquecido e
retransmitindo-o. Um hub ativo precisa estar ligado a uma tomada
elétrica, pois necessita de energia para amplificar o sinal que chega a uma
porta antes de passá-lo para as outras portas. No ativo, o sinal pode percorrer 100 metros até o hub, e após ser retransmitido,
mais 100 metros completos. Apesar de mais caro, permite estender a rede por
distâncias maiores.
Bridges
As pontes possuem a capacidade de segmentar uma rede local em várias sub
– redes, e com isto conseguem diminuir o fluxo de dados. Quando uma estação
envia um sinal, apenas as que estão em seu segmento recebem, e somente quando o
destino está fora do segmento é permitido a passagem do sinal. Assim, sua
principal função é filtrar pacotes entre segmentos de LAN’s.
Também podem converter
padrões, como por exemplo, de Ethernet para Token – Ring. Porém, operam na
camada “interconexão” do modelo OSI, verificando apenas modelos físicos,
atribuídos pela placa de rede.
São diferentes de Repetidores por
manipularem pacotes ao invés de sinais elétricos. Não transmitem ruídos, erros,
e por isso não retransmitem frames malformados. Um frame deve estar
completamente válido para ser retransmitido.
Switches
Assim como Hub, podem
interligar diretamente as estações. Mas o switch é inteligente, ao invés de
mandar os pacotes para todas as estações, encaminha somente para o destinatário
correto. Aumentando o desempenho em redes congestionadas, além de permitir que,
em casos de redes, onde são misturadas placas 10/10 e 10/100, as comunicações
possam ser feitas na velocidade das placas envolvidas.
De maneira geral a função do switch é muito
parecida com um bridge, com exceção que um switch tem mais portas e um melhor
desempenho.
Roteadores
Dispositivo utilizado para
conectar redes e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona como
um tipo de ponte na camada de rede do modelo OSI identificando e definindo um
IP para cada computador que se conecta com a rede. Sua função principal é
organizar o tráfego de dados na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os
roteadores estáticos, capaz de encontrar o menor caminho para tráfego de dados,
mesmo se a rede estiver congestionada; e os roteadores dinâmicos que encontram
caminhos mais rápidos e menos congestionados para o tráfego.
A internet é na verdade, uma rede
gigantesca, formada por várias sub- redes interligadas por roteadores. Os
roteadores podem ser desde PC’s comuns, com duas ou mais placas de redes, até
supercomputadores capazes de gerenciar centenas de links de alta velocidade.
Modem
Dispositivo conversor de sinais que faz a
comunicação entre computadores através de uma linha dedicada para esse fim.
Seu nome é a contração de Modulador e
Demodulador. Ele executa uma transformação, por modulação ou por codificação,
dos sinais emitidos pelo computador, gerando sinais adequados à transmissão
sobre uma linha telefônica, por exemplo. No destino um equipamento igual
demodula ou decodifica a informação, entregando o sinal digital restaurado ao
equipamento terminal a ele associado.
Placas de Rede
Permite
aos computadores conversarem entre si através da rede. Sua função é controlar
todo o envio e recebimento de dados.
Cada arquitetura de rede
exige um tipo específico de placa de rede. Além da arquitetura diferenciam-se
pela taxa de transmissão, cabos de redes suportados e barramento utilizados. Quanto taxa de transmissão, temos
placas Ethernet de 10 Mbps/ 100Mbps/ 1000Mbps e placas Token Ring de 4 Mbps e
16Mbps.
Servidores
A função do servidor é de disponibilizar
serviços (HTTP, FTP, DNS, e-mail, banco de dados e etc.) a uma rede de
computadores. O hardware desses servidores é configurado de acordo com seu
serviço, são assim como PCs, constituídos de processador, RAM e armazenamento.
Geralmente estão associados
a grandes bancos de servidores onde operam de forma interrupta, sendo ligados a
geradores ou Nobreak, evitando em caso de falta de energia a suspenção do
serviço.
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